Gestão da tétrade do tempo
percepções de líderes servidores públicos e líderes empregados
Palavras-chave:
Liderança Funcional, Líderes Servidores Públicos e Líderes Empregados, Gestão da Tétrade do Tempo, Produtividade, Qualidade de Vida do LíderResumo
Com o advento da pandemia da COVID-19, o papel da liderança foi ressignificado, obrigando os líderes funcionais a enfrentarem enormes adversidades para se adaptarem a esse novo contexto de medos, preocupações, incertezas e mudanças. Assim, em um mundo em constantes transformações, o tema “Gestão do Tempo” ganhou mais visibilidade no cenário das organizações e dos órgãos públicos, visto que é cada vez mais comum a fala de não terem tempo suficiente para fazer tudo o que precisa. Nesse sentido, para obterem sucesso e melhores resultados, os líderes precisam priorizar as atividades mais importantes, bem como delegar tarefas dentro do tempo disponível, assegurando-lhes mais produtividade. O desafio é ainda maior quando aumenta a preocupação em promover o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, com qualidade de vida. Logo, este artigo pretendeu responder à seguinte pergunta norteadora da pesquisa: existem diferenças na percepção da gestão do tempo entre líderes servidores públicos e líderes empregados? O objetivo deste trabalho consistiu em analisar a percepção de 40 líderes (20 servidores públicos e 20 empregados) quanto à Gestão do Tempo, por meio de um questionário desenvolvido pela Empresa de Análise Comportamental ILG Performance, disponibilizado por um software. A partir das respostas individuais dos líderes, esse mapeamento estabeleceu percentagens para as quatro classificações de suas atividades: (1) importantes, (2) urgentes, (3) circunstanciais e (4) interruptivas, conforme a Matriz da Tétrade do Tempo. Após análise dos dados, os resultados apontaram para a convergência (e não diferenças) nas percepções dos dois grupos avaliados, com médias percentuais muito próximas para cada uma das quatro variáveis nos dois grupos. E mais: os resultados indicaram que as atividades importantes são, comumente, negligenciadas pelos líderes participantes do estudo, uma vez que se dedicam, em alto índice, às atividades circunstanciais e interruptivas, consideradas “sequestradoras do tempo”, impactando negativamente seus resultados.