Motivação intrínseca vs. motivação extrínseca
a aplicação da escala WPI no contexto do setor público português
Palavras-chave:
motivação intrínseca, motivação extrínseca, setor público, PortugalResumo
Muita da literatura que versa o estudo do constructo ‘motivação’ no setor público alimenta a ideia de que as singularidades organizacionais e as particularidades dos indivíduos que constituem a força laboral deste setor resultam numa maior preponderância da motivação intrínseca e por recompensas do tipo intrínseco. Porém esta assunção nunca foi escrutinada na realidade do setor público português, o que leva a que o propósito deste trabalho seja o de suprir esta lacuna, ou seja, obter uma resposta à seguinte questão: ‘em termos gerais, qual o tipo de motivação predominante entre os funcionários públicos portugueses: motivação intrínseca ou motivação extrínseca?’. Para tal optamos por um estudo de caso, assente na escala ‘The work preference inventory’ desenvolvida por Amabile, Hill, Hennessey e Tighe (1994). Os resultados obtidos apontam no sentido de os funcionários públicos portugueses apresentarem, em termos gerais, elevados níveis de motivação intrínseca, muito embora a sua motivação extrínseca também atinja níveis razoáveis.